quinta-feira, 8 de julho de 2010

De qualquer forma...

Quem sou eu pra dizer que me arrependo tanto que mal consigo respirar? Quem sou eu pra dizer que chorei mais alto? Quem sou eu no meio de outras garotas tão sozinhas quanto eu? Quem sou eu a noite toda num lençol sem cor, sem calor? E esse inverno não precisa ser o mais frio, mas ele quer ser. Provar uma tal de qualquer coisa, para não entendo muito bem quem. Quem sou eu pra nos culpar? Ninguém disse como deveria ser. Quem melhor que você pra me dizer quem sou eu agora? Ah, a noite toda, quase uma tormenta, sem qualquer sinal de sua presença, nem ar, nem chão. Não há nada. Ligo pra qualquer telefone na espera de encontrar você, nada. Me isolo. Fico quieta. Aqui, só comigo, tem mais de você no silencio, chego a sentir . Falo com ecos em meu quarto, acho que eram você. Ou só o silencio de novo. Agora você está correndo, está tão longe que já nem sei mais se é você, tão longe que não consegue me ouvir. Também não consigo ouvir você, e isso me fragmenta. 'Faz parte do passado' diz alguém, percebo que sou eu de novo, talvez os ecos não fossem você, talvez fossem algo que fica guardado na minha cabeça, vontade que aconteça, não sei. Ando perdida, mas sem andar. Fico acordada varando noite adentro procurando passar meus dias inconsciente em sonhos, onde você quem é a parte mais importante.



To com fome, sei lá essas noites tem sido difíceis.

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